
A
maioria dos ministros entendeu que os integrantes do esquema se
reuniram com o objetivo de comprar apoio político no Congresso nos
primeiros anos do governo Lula (2003-2010), tendo desviados recursos
públicos que foram misturados a empréstimos fictícios. Essa prática foi
realizada por um grupo criminoso era formado por integrantes dos três
núcleos -- político, publicitário e financeiro.
Por
6 votos a 4, além de Dirceu, foram condenados: ex-presidente do PT José
Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério,
seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, sua funcionária Simone
Vasconcelos, além de réus ligados ao Banco Rural Kátia Rabello e José
Roberto Salgado.
Votaram nesse sentido: Joaquim Barbosa, relator, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Carlos Ayres Britto.
Ele
derrubaram os argumentos dos ministros Ricardo Lewandowski, Rosa Weber,
Carmen Lúcia e Dias Toffoli, que não viram a formação de uma quadrilha,
mas co-autoria. Esses ministros defenderam que foi configurada
coautoria, união feita em dado momento, para cometer um crime específico
-no caso, compra de apoio político.
Nessa
avaliação, o grupo de Dirceu se uniu no início do governo Lula com o
objetivo único de corromper parlamentares em troca da fidelidade da base
aliada.
Os
ministros ainda absolveram Ayanna Tenório, ex-vice-presidente do Banco
Rural, e Geiza Dias, ex-funcionária do empresário Marcos Valério, dos
crimes de que eram acusadas no mensalão. Eles deixam indefinida por
conta de empate a situação de Vinicius Samarane, ligado ao Rural. A
tendência é que ele seja beneficiado com a absolvição.
Os
ministros devem começar a partir de amanhã a definir o tamanho das
penas dos condenados. Depois de quase três meses e 39 sessões do maior
julgamento de sua história, foram 25 punidos por crimes como peculato,
corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta,
evasão de divisas e quadrilha. Também tiveram nove pessoas absolvidas e a
configuração de sete empates.
G1
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