terça-feira, 20 de novembro de 2012

Deputado levará para Dilma manifesto paraibano em defesa da Transposição do Rio São Francisco

Deputado levará para Dilma manifesto paraibano em defesa da Transposição do Rio São Francisco.

Com obras em atraso e projetos que sequer foram concebidos, a Transposição do Rio São Francisco prossegue apenas no papel e na mídia institucional do Governo e a realidade tem preocupado o Nordeste, especialmente por ocasião de uma grande seca que assola a região. A imprensa nacional, a exemplo da Rede Globo, começou de forma tímida a mostrar a lentidão da obra, mas são as lideranças políticas da Paraíba que deram um passo significativo para denunciar o descaso governamental com o projeto. A Assembléia Legislativa da Paraíba formou uma comissão com políticos e representantes do Executivo e da sociedade e eles fizeram uma visita para fiscalizar o andamento das obras.

O resultado foi percebido de imediato. Máquinas paradas, material abandonado e nenhum funcionário trabalhando é a realidade da maior parte dos trechos que compõem a Transposição do São Francisco. A constatação foi feita pelo deputado Assis Quintans, que preside uma comissão de fiscalização formada pela Assembleia Legislativa da Paraíba, e que junto a representantes de vários segmentos fez uma visita técnica ao canteiro de obras e elaboraram um relatório.

Segundo o parlamentar, esse relatório ficará pronto nesta segunda-feira em forma de publicação e junto a assinaturas de vários líderes do Estado será entregue enquanto manifesto a presidente Dilma Roussef. “Eu viajo terça-feira para Brasília e fico lá o tempo que for necessário para mobilizar a bancada federal dos 4 estados beneficiados com a Transposição, para a qual vou propor que assinem um manifesto e façam chegar as mãos da presidente mostrando a situação testemunhada por nossa visita a todo o percusso da obra”, destacou.

Quintans afirmou faltando aproximadamente 5 quilômetros para chegar em solo pertencente ao município de Monteiro, os trabalhos foram interrompidos porque a antiga licitação acabou e uma nova ainda não foi feita. Ele ressaltou que um dos trechos mais importantes, que é a barragem do Mochotó, não foi sequer licitado e em outros faltam até projetos executivos.

Quintans disse ainda que é tecnicamente impossível que as obras estejam concluídas em 2015 como foi prometido e espera que por ocasião das próximas eleições, o Governo não engane a população brasileira com inaugurações falsas de apenas parte do projeto.

A Transposição do Rio São Francisco começou em 2007 orçada em R$ 4,5 bilhões e hoje custa R$ 8,2 bilhões.


PB Agora

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