sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Empresário e ex-candidato a vereador planejaram sequestro

A Polícia Civil de Campina Grande concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (07) para dar detalhes de como aconteceu o sequestro de Angélica Aparecida Vieira, 22 anos, irmã do atacante Hulk.
De acordo com o delegado adjunto, André Rabelo, o sequestro foi planejado por duas pessoas, o empresário Élio Pereira da Silva e o ex-candidato a vereador Rodolfo Sinfrônio. “Os acusados estariam em dificuldades financeiras e viram ali uma mina de ouro, por isso iniciaram o plano”, declarou.
Os outros três acusados foram presos e o ex-candidato a vereador Rodolfo Sinfrônio continua foragido. Através da oitiva do Élio, a polícia chegou ao ex-candidato que já teve o pedido de prisão preventiva decretada.
“Em nenhum momento a polícia trabalhou com a hipótese de que a vítima teria planejado o sequestro. Em principio o empresário Élio foi tratado como testemunha, mas depois da investigação foi constatado que ele era mentor do crime”, explicou o delegado.
A polícia informou que há cerca de dois meses a dupla havia planejado assaltar um banco. Um deles teria dito “olha o banco aí”, ao avistar a jovem no restaurante.
A ideia inicial era pedir R$ 300 mil pelo resgate. A primeira ação da dupla foi alugar uma casa por R$ 900 reais pelo prazo de 30 dias no Bairro do Catolé.
Um dos fatores para que frustraram o sequestro foi o fato dos acusados não terem entrado em acordo quanto à partilha do dinheiro. A polícia informou ainda que em nenhum momento os acusados fizeram contato com a família.

O cativeiro
As janelas da casa estavam cobertas com lona preta para que a vítima não conseguisse identificar o local onde ela estava. Angélica foi deixada dentro de um quarto onde teve apenas um colchão.
A fuga
Angélica convenceu Victor Hugo a receber certa quantia e o rapaz facilitou a fuga da jovem. Ela conseguiu fugir e entrou em contato com os familiares. A polícia ficou à espreita e prendeu um dos acusados, que denunciou os demais.
Um dos mentores do sequestro, Rodolfo Sinfrônio
Abordagem ao padre
“O padre Saulo, que é pároco em Picuí, estava em frente a Igreja do Catolé e fez o favor de levá-la próximo a residência”, contou o delegado.

O pároco disse que não tinha conhecimento do sequestro por que não tinha acessado a internet nas últimas horas. Ele tinha ido visitar uma obra na igreja e estava dentro do carro falando ao celular. “Eu parei o carro antes da casa dela por que fiquei assustado com o tamanho da repercussão”, declarou o padre.

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