De acordo com o delegado adjunto, André Rabelo, o sequestro foi
planejado por duas pessoas, o empresário Élio Pereira da Silva e o
ex-candidato a vereador Rodolfo Sinfrônio. “Os acusados estariam em
dificuldades financeiras e viram ali uma mina de ouro, por isso
iniciaram o plano”, declarou.
Os outros três acusados foram presos e o ex-candidato a vereador
Rodolfo Sinfrônio continua foragido. Através da oitiva do Élio, a
polícia chegou ao ex-candidato que já teve o pedido de prisão preventiva
decretada.
“Em nenhum momento a polícia trabalhou com a hipótese de que a vítima
teria planejado o sequestro. Em principio o empresário Élio foi tratado
como testemunha, mas depois da investigação foi constatado que ele era
mentor do crime”, explicou o delegado.
A polícia informou que há cerca de dois meses a dupla havia planejado
assaltar um banco. Um deles teria dito “olha o banco aí”, ao avistar a
jovem no restaurante.
A ideia inicial era pedir R$ 300 mil pelo resgate. A primeira ação da
dupla foi alugar uma casa por R$ 900 reais pelo prazo de 30 dias no
Bairro do Catolé.
Um dos fatores para que frustraram o sequestro foi o fato dos acusados
não terem entrado em acordo quanto à partilha do dinheiro. A polícia
informou ainda que em nenhum momento os acusados fizeram contato com a
família.
O cativeiro
As janelas da casa estavam cobertas com lona preta para que a vítima
não conseguisse identificar o local onde ela estava. Angélica foi
deixada dentro de um quarto onde teve apenas um colchão.
A fuga
Angélica convenceu Victor Hugo a receber certa quantia e o rapaz
facilitou a fuga da jovem. Ela conseguiu fugir e entrou em contato com
os familiares. A polícia ficou à espreita e prendeu um dos acusados, que
denunciou os demais.
Um dos mentores do sequestro, Rodolfo Sinfrônio

Abordagem ao padre
“O padre Saulo, que é pároco em Picuí, estava em frente a Igreja do Catolé e fez o favor de levá-la próximo a residência”, contou o delegado.
O pároco disse que não tinha conhecimento do sequestro por que não tinha acessado a internet nas últimas horas. Ele tinha ido visitar uma obra na igreja e estava dentro do carro falando ao celular. “Eu parei o carro antes da casa dela por que fiquei assustado com o tamanho da repercussão”, declarou o padre.
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